28 de ago. de 2009

Perseguição

Durante o período ditatorial no Brasil foi criada a Divisão de Censura de Diversões Públicas (DCDP), para censurar a arte e derivações. Todas as músicas deveriam passar por essa divisão antes de passar a circular em meio público.

Alguns representantes da MPB eram vistos como "inimigos do sistema", antes mesmo do período em que a arte passou a ser censurada no país (AI-5, 1968), entre eles Caetano Veloso e Gilberto Gil.

Ambos irreverentíssimos tropicalistas baianos estavam mais inclunados na contestação social (contracultura) do que na contestação do regime militar. Mas os militares não souberam identificar esta diferença, perseguindo Caetano Veloso e Gilberto Gil pela irreverência constrangedora que causavam.

Na época da prisão dos dois cantores, em dezembro de 1968, os militares tinham de concreto contra eles, a acusação de que tinham desrespeitado o Hino Nacional, cantando-o aos moldes do tropicalismo na boate Sucata, e uma ação que queria mover um grupo de católicos fervorosos, ofendidos pela gravação do “Hino do Senhor do Bonfim” (Petion de Vilar – João Antônio Wanderley), no álbum “Tropicália ou Panis et Circenses” (1968). Juntou-se a isto a provocação de Caetano Veloso na antevéspera do natal de 1968, ao cantar “Noite Feliz” no programa de televisão “Divino Maravilhoso”, apontando uma arma na cabeça. O resultado foi a prisão e o exílio dos dois baianos em Londres, de 1969 a 1972.
(Ref.: http://virtualiaomanifesto.blogspot.com/2008/07/msica-e-censura-da-ditadura-militar.html)

Adriana Gabinio

Um comentário:

  1. Muito bem. Mas vamos ver algumas canções referentes a esse período?
    Um abraço!

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